Os filmes de terror japoneses não hesitam a atribuir alguma maldição à tecnologia. "One Missed Call" (que bem poderia ser traduzido como "Chamada Perdida") não contradiz a esta fórmula acima.
Algumas universitárias começam a morrer, após terem recebido um misterioso telefonema no qual consta uma data e hora futuras, que vem a ser o exato momento no qual elas irão morrer. Do telefone celular da vítima, parte uma nova ligação, que conduz a um ciclo interminável de desgraças.
A trama não é nova, tampouco original. "Ringu" explorou este tema, só que através de uma ultrapassada fita VHS (é bem provável que hoje fosse um DVD ou VCD), e "Ju On: The Grudge" através da casa na qual quem entra, morre.
De todos os filmes japoneses de horror (ao menos entre aqueles que assisti), "One Missed Call" é sem dúvida aquele que possui a atmosfera mais soturna e repulsiva, com várias cenas que não perdem em nada para "O Ataque dos Mortos-vivos". A história não convence e, depois de tantas variações sobre o mesmo tema, duvido que alguém tenha medo de seu telefone celular após assistir a este filme.
Entretanto, pode-se ler uma mensagem nesta fixação nipônica pela tecnologia. O Japão é um dos maiores exportadores de produtos eletrônicos e eles mesmos tiveram de se adaptar a uma abrupta mudança em seus costumes na era pós-guerra. De fato, o mundo globalizado tornou-se completamente dependente da tecnologia, a tal ponto de que, se a internet deixasse de funcionar hoje, muitos serviços essenciais deixariam de funcionar. Talvez seja este o ponto focal de filmes como "Ringu" e, principalmente, de "One Missed Call", a subserviência da humanidade a algo que deveria ser um utensílio. Nós incorporamos tanto o discurso da necessidade que não conseguimos mais reconhecer o que é necessário e o que é acessório.
Além disto, é tom geral nestes filmes de horror a inexorabilidade da morte. Não há como evitá-la e, no fim, por mais que torçamos pelo contrário, podemos antever que não há salvação para os protagonistas. Mas isto já é uma premissa lógica desde Aristóteles e é uma das únicas certezas que podemos ter neste mundo.
"Todo homem é mortal".
Algumas universitárias começam a morrer, após terem recebido um misterioso telefonema no qual consta uma data e hora futuras, que vem a ser o exato momento no qual elas irão morrer. Do telefone celular da vítima, parte uma nova ligação, que conduz a um ciclo interminável de desgraças.
A trama não é nova, tampouco original. "Ringu" explorou este tema, só que através de uma ultrapassada fita VHS (é bem provável que hoje fosse um DVD ou VCD), e "Ju On: The Grudge" através da casa na qual quem entra, morre.
De todos os filmes japoneses de horror (ao menos entre aqueles que assisti), "One Missed Call" é sem dúvida aquele que possui a atmosfera mais soturna e repulsiva, com várias cenas que não perdem em nada para "O Ataque dos Mortos-vivos". A história não convence e, depois de tantas variações sobre o mesmo tema, duvido que alguém tenha medo de seu telefone celular após assistir a este filme.
Entretanto, pode-se ler uma mensagem nesta fixação nipônica pela tecnologia. O Japão é um dos maiores exportadores de produtos eletrônicos e eles mesmos tiveram de se adaptar a uma abrupta mudança em seus costumes na era pós-guerra. De fato, o mundo globalizado tornou-se completamente dependente da tecnologia, a tal ponto de que, se a internet deixasse de funcionar hoje, muitos serviços essenciais deixariam de funcionar. Talvez seja este o ponto focal de filmes como "Ringu" e, principalmente, de "One Missed Call", a subserviência da humanidade a algo que deveria ser um utensílio. Nós incorporamos tanto o discurso da necessidade que não conseguimos mais reconhecer o que é necessário e o que é acessório.
Além disto, é tom geral nestes filmes de horror a inexorabilidade da morte. Não há como evitá-la e, no fim, por mais que torçamos pelo contrário, podemos antever que não há salvação para os protagonistas. Mas isto já é uma premissa lógica desde Aristóteles e é uma das únicas certezas que podemos ter neste mundo.
"Todo homem é mortal".
óptimo filme
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